Mulher para Casar
Preta não é parda,
Lugar de mulher é onde ela quiser,
Gay pode usar saia,
Respeite o nosso candomblé.
O machismo mata,
O feminicidio só aumenta,
A bala perdida dízima,
Só derrama sangue vermelho.
Amar ao próximo pelo visto jamais,
Homofobia mata em praça pública,
A xenofobia parece ser eficaz,
Pra jogar milhões e milhões nas ruas.
Já escolheu quem deve morrer ?
Já decidiu quem vai viver?
Você tem o que comer ?
E quem mora na rua como vão sobreviver?
O silêncio grita,
Criança abusada veste rosa?
É melhor abortada ou abandonada?
De um jeito ou de outro ela está morta,
Se você não fizer nada,
Por dentro e por fora.
Santificamos o dia em que nascemos sob o mérito do esforço da mulher que nos trouxe ao mundo, como guerreiros altivos e destacados, aprendemos a lutar pela vida, num campo de batalha cujo inimigo são apenas expressões nostálgicas da nossa mente.
Guarda-te, guarda-te...
Mulher à carregar mochila nas costas,
Te vi passar com duas sacolas de compras,
Uma em cada mão, seguindo teu caminho,
Pude ver teus olhos,
Capeados por trás de suas lentes,
Queria apenas dizer-te: mesmo que nunca saibas,
Que amei te ver passar,
Mesmo que não ouças e nunca saibas.
Que lindamente te amei à caminhar,
Com a celeridade de uma Dona,
O teu andar não é ausente,
Nem tão pouco tua doce beleza.
Que tenta esconder-se na timidez de sua doutrina,
Guardas de ti, toda beleza, que de ti é,
Desta forma, levas em cofre de ti mesma,
Para aquele, que donas quisestes ser.
Tua alegria, está em teu chegar,
No carinho do teu lar,
No abraço meigo de quem te espera,
És tu mulher, de quem tu queres,
Tens no teu olhar a retidão do teu desejo,
Do amor que tens no coração.
Guarda-te, guarda-te,
Não tenhas tu o saber do meu apreço,
Nem d'outro qualquer olhar,
Guarda-te, guarda-te,
Em teu mundo que é só teu,
Teu coração é uma joia,
Brilha em teu olhar.
Saiba que és linda!
Tua mochila, tuas sacolas,
Tão linda é tua pressa de chegar,
De como vejo, de como sinto,
Feliz de quem tu deixas...
Te ver chegar,
teus olhos à brilhar,
Tua alma e teu coração.
Jose Henrique
Mulher na sua requintada linha de conhecimento recorda detalhes do tentador e proibido engrenar da natureza. Mãe, filha, desobrigada, espontânea, precisa da urgência para descansar, nega todo resumo, nunca é mera coincidência, convidada engana os cálculos de subserviência, engana preferências, descarta as múltiplas insistências de ajustes e rótulos, disfarça barulhentas polêmicas com um cobiçado sorriso, recupera em todo conflito uma versão sábia e animada de si mesma, mantém o sorriso para repetir que a boca tem mais do que as palavras para dizer o que pretende dizer
nunca busque mil mulheres por uma noite, mas ofereça mil noites para a mulher que você ama e te faz feliz.
Primeiro dia de praia do Tarsinho!
Eu, minha Sagrada e soberana mulher Paulinha, mais Izabella, Kallinca, Paulo e Solange, todos Flores! E claro, a presença marcante do gigantesco Tarsão, meu neto em sua primeira investida às praias da baixada! Como é bom ter família!
Obrigado Universo!
Bem-te-vi
Acorda Maria !
Onde está o meu café
Acorda logo mulher !
Deixa de ser preguiçosa
É tarde, raiou o dia !
Levanta já dessa cama
Deixa a vida de bacana
Onde está minha banana
Que ainda não vi por aqui?
Já estou no seu jardim
Já pulei de galho em galho
Já fiz tanto estardalhaço
Já estou num embaraço e
Sua janela nada de abrir ...
Acorda logo Maria !
Que estou a te chamar
Sei que estás por aí
Bem- te - vi
Bem- te - vi !
A mulher negra da periferia sempre foi feminista. Por que? Porque a gente faz tudo, mas só não temos consciência disso. Minha mãe criou quatro filhos, de quatro homens diferentes. Ela sempre foi independente, sempre fez as coisas dela. Ela nunca se submeteu a nada, ela nunca ficou, nas palavras dela, sob o pé de ninguém. Ela criou três filhas dessa forma. Somos três mulheres e um homem. Às vezes lutamos de uma forma mais silenciosa, outras vezes a gente vai pra cima, mas a gente luta.
Do lado de dentro rainha sou eu
Mulher que ama e sabe dar adeus
Eu sei que tudo na vida acontece
Quem me conhece pode lhe dizer
Tudo eu espero e toda me entrego
Levanto até as paredes
De um barracão desabado
Mas Deus foi quem me fez nessa vida
E eu cumpro ordens de um bom destino
Se ele quiser, eu posso querer