Frases de Autores Conhecidos

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Vou tentar explicar, mas explicar não justifica.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 21 de setembro de 1956.

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Tudo às vezes questão de mão recusada ou dada, tudo às vezes por causa de um passo a mais ou a menos.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 8 de janeiro de 1957.

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Sofrimento não sofrimento como caminho só se pode falar no passado, dizendo sofrimento foi caminho, só se torna “caminho” se levou a alguma coisa.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 24 de janeiro de 1957.

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E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só para si?

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

É preciso que se saiba. Que a vida é curta. Que a vida é curta.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Feliz aniversário.

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Quando me traíram ou assassinaram, quando alguém foi embora para sempre, ou perdi o que de melhor me restava, ou quando soube que vou morrer – eu não como. Não sou ainda esta potência, esta construção, esta ruína. Empurro o prato, rejeito a carne e seu sangue.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto O jantar.

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E eu estava só. Sem precisar de ninguém. É difícil porque preciso repartir contigo o que sinto.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Escrever é tantas vezes lembrar-se do que nunca existiu.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Lembrar-se.

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Estava rindo, quente, quente.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto A menor mulher do mundo.

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Quem tem piedade de nós? Somos uns abandonados? uns entregues ao desespero? Não, tem que haver um consolo possível. Juro: tem que haver.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar.

Clarice Lispector
Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica Vida ao natural.

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Como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Felicidade clandestina.

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Minha grande altivez: prefiro ser achada na rua. Do que neste fictício palácio onde não me acharão porque – porque mando dizer que não estou, “ela acabou de sair”.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho da crônica "Acabou de sair".

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No fundo de tudo há a aleluia.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Este instante é. Você que me lê é.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Embora pela primeira vez eu sinta que meu esquecimento está enfim ao nível do mundo.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A gradual escuridão me amedronta um pouco, bicho que sou e que toma cautela. Escuridão? medo e espanto. O dia morrendo em noite é um grande mistério da Natureza. (...)
Em mim ela brota de meu âmago qual semente que rompe a terra.

Clarice Lispector
Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018.

Nota: Trechos da crônica Conversa descontraída: 1972.

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Viver é coisa muito séria. É sem brincadeira nenhuma. (...) Nestes momentos de "agora mesmo" estou vivendo tão leve que mal pouso na página, e ninguém me pega porque dou um jeito de escorregar. Tive que aprender.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Conversa descontraída: 1972.

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O que se chama de essência está em alguma parte do ser. (...)
Ah, o que desconheço me ultrapassa. A verdade ultrapassa-me com tanta paciência e doçura. (...)
Ao ultrapassar-se, sai-se de si e se cai no "outro". O outro é sempre muito importante.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trechos da crônica Conversa descontraída: 1972.

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Então quando se está morta se conserva a consciência? (...)
Em menos de dois segundos pode-se viver uma vida e uma morte e uma vida de novo. (...)
A viver desse modo, prefiro a morte. (...)
Sou um feroz entre os ferozes seres humanos.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trechos da crônica Morte de uma baleia.

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