⁠Direito meu.... O direito que me dou... Ricardo Melo

⁠Direito meu.... O direito que me dou agora,
É de rimar,
Começo a escrever,
Carregado por fortes ondas,
Aqui nada me assombra, Nessa forma de dedilhar,
Aqui eu ... Frase de Ricardo Melo.

⁠Direito meu....


O direito que me dou agora,
É de rimar,
Começo a escrever,
Carregado por fortes ondas,
Aqui nada me assombra,

Nessa forma de dedilhar,
Aqui eu me solto,
Como passaro voando,
Asas abertas plainando,
Vendo tudo do ar,

Nesse poema,
Sigo meu tema,
Sem saber pra onde ir,
Nem sei quando vou parar,

Dessa licensa,
Eu tomo posse,
Tomando o que me pertence,
E não permitindo,
Que nada me toque,

Meu eu,
Aqui faço prevalecer,
Dedos nessa hora,
Começa aquecer,
Bailando se parar,
Vou no meu versejar,
Minha historia tem nome,
Nem me importo,
Com sobre nome,

Tenho pouco estudo,
Mas não fico mudo,
Diante de um tudo,
Do mobral,
Passei pro colegial,
Não tenho faculdade,
E não tenho dificuldade,

Me sinto aqui um artista faceiro,
Nem sei falar direito,
Bacharel aqui eu sou,
E se me atrapalho,
Pego outros atalhos,
E avante vou,

Declarações sempre faço,
Pro amor da minha vida,
Sou apenas humano,
Me livrando dos desenganos,

Sorrio,
Choro,
As vezez eu imploro,
Pra minha dor não sentir,
Mesmo que eu erre,
Vou tentando seguir,

E vou caminhando,
Sou mestre em matemática,
Uso sempre minhas táticas,
Assim fou me safando,

Deixo pessoas contentes,
Outras choram de rir,
E no meu seguir,
Ma dando o direito de rir,

Nessa difusão,
Ligo o radio e ouço
Moda sertenejas as pampas,
Viola caipira,
E coruja segue cantando

Nesse destino,
Faço acontecer,
O tempo passa,
E nada me empata,

Em orquestras,
Me entrego de jeito,
E vejo se algo presta,
Roupa suja,
Ainda não troquei,
Mas aqui eu me dei,
Nem sei se ainda eu parei,

Tomo uns goles amargo,
Erva quente eu trago,
Cuia pratiada na mão,
Vou tomando meu chimarrao,
De vez em quando um tererê,
E chamo meu bem querer,
Pra dividir esse mate,
Só pra alguém ver,

Noites de frio bombeando,
Na bomba do nosso encaixe,
Esse gaúcho é dos bons,
Minha faceira tem nome,
Conheci ela nas cordilheiras,
Trouxe comigo ainda pouco,
Amarrada na minha trincheira,

Essa prenda está aqui,
Mas agora temos que ir,
Fiz isso pra ela,
E pra vc que assistir,

Adeus até outra hora,
Nossa cama nos chama,
Quem sabe amanha estou de volta,
Pra rimar pra vcs todos,
Que estâo a minha volta...


Autor:José Ricardo