Desprezo para Homem
O homem que é homem precisa aprender a sê-lo antes mesmo de ter uma mulher. Ser homem vai muito além de borrar ou não um rímel.
Tem que ser muito homem para ter a coragem de expor seus sentimentos sem temer ser ridicularizado. Afinal de contas, homem tem que ser corajoso! Há que se ter mais coragem para dizer o que sente do que para dizer o que pensa, para expor uma emoção do que para expressar uma opinião.
Tem que ser muito homem para admitir sua fragilidade e suas limitações.
Tem que ser muito homem para conter seus desejos e paixões e direcioná-las a uma única mulher.
Tem que ser muito homem para reconhecer seus erros e pedir perdão.
Tem que ser muito homem para jamais trair uma amizade, mesmo que o amigo não lhe seja tão leal.
Tem que ser muito homem para manter sua palavra e cumprir o que prometeu, mesmo que lhe custe um grande prejuízo.
Tem que ser muito homem para correr qualquer risco a fim de fazer feliz a quem se ama.
Tem que ser muito homem para não esmorecer diante das lutas e não se render ao desânimo.
Tem que ser muito homem para manter acesa a chama da esperança mesmo em meio à mais devastadora tempestade.
Tem que ser muito homem para levar a vida com leveza e rir de si mesmo sem perder a ternura.
Tem que ser muito homem para se calar reverentemente diante de um espetáculo da natureza como um pôr-do-sol ou o canto de um passarinho.
Tem que ser muito homem para romper com os grilhões da mesmice e surpreender os que o julgavam previsível.
Tem que ser muito homem para ser firme em suas convicções, mas vulnerável em suas emoções.
Homem que é homem chama para si a responsabilidade, sem jamais deixar de ser menino, franzindo a testa ante as injustiças, mas mantendo nos olhos a pureza da ingenuidade.
O desafio de se ter uma mulher não é pra um homem qualquer
Eu mesmo conheço um monte que não namora mulher.
Muitos conflitos cessariam se o homem alcançasse este entendimento: A pessoa mais importante para vida de um homem é sua mulher; a pessoa mais importante para uma mulher são seus filhos.
FRAGMENTO RETIRADO DA EDIÇÃO ORIGINAL DA INTRODUÇÃO DE HOMEM NÃO PRESTA:
"_Pé na estrada garoto. Ela sabe se virar. Ela sempre sabe de tudo não é mesmo cara? - Fala com si mesmo sugerindo um ego exaltado e louco enquanto o ponteiro finalmente chega ao seu extremo: 180 quilômetros por hora.
Rei, como era conhecido, sempre me falava do desejo de cruzar o deserto em busca do que ele chamava de "Pequeno Principe". Ficou sabendo de uma historia sobre um argentino que passou uma semana no deserto na presença do petit. Creio que esse petit poderia ser qualquer coisa tão maravilhosa quanto o proprio mito sugere. Uma dose de mescalina ou peyote o faria voltar de sua viagem contando as historias mais fantasticas, embora acho que a historia mais fascinante de nossas vidas ainda estaria por vir.
Algumas horas dirigindo nas estradas eretas sob o horizonte e seu celular velho chama..."
"Não concordo! Definitivamente, não concordo com uma palavra que saia da sua boca!" - "Estava ali uma coisa em Rei que o mitificava em meus pensamentos como um deus grego, dotado de soberba e poder suficientes para ceifar a opnião alheia com seus raios, lampejos em forma de frases eretas caindo sobre a cabeça dos inocentes. Eu queria ter essa coragem, embora a tivesse de fato, mas nada soava tão belo em uma discussão quanto as certezas que ele usava constantemente para bombardear o mundo..."
Zizo Supernova
Blues escrito, por Zizo Supernova e Fúlvio Pavlawski (Quando se conhecem no 3º capitulo de HOMEM NÃO PRESTA.
Last Night
Na ultima noite
Ouvi um bocado de mentiras,
enquanto tentava me distrair
E nessa mesma noite
Eu pensava para onde ir
Vi um bom homem partir
Sem motivos pra sorrir
Na ultima noite
Olhei "pro" teto e perguntei:
Deus o que faz um homem injusto,
quando ele clama por justiça?
Deus eu não vi nada igual
por toda minha pobre vida
Na ultima noite
Vi minha mochila em um canto
Sob as luzes da avenida
Uma cidade em prantos
De tudo que é triste me espanto
Vendo o que dizem ser santo.
Na ultima noite
Senti a dor da traição
Também na mesma e triste noite
Vi meus esforços em vão
O que fazer quando não temos nada
Que nos anime o coração?
Na ultima noite
Vi minhas roupas no chão
Enquanto a estrada gritava: "HEY MAN!!!"
Estava ali a direção
Deixei os moveis todos novos para trás
E a velha dor de uma paixão
Melhor um homem injusto pela noite
Do que um bom na solidão
Na ultima noite
Lembrei de um velho refrão:
Melhor um pássaro injusto estrada fora
Que dois morrendo em suas mãos.
"Se a felicidade foi feita para ser compartilhada, então o que devo fazer com toda essa tristeza que me abate?
Certamente, o isolamento poderia ser sua morada, todavia, estaria carregando a para sempre comigo. De certo devereia ser igualmente compartilhada.
Morreria sozinho para poupar as pessoas que amo dessa molestia, ou esperaria por alguem que ame o proximo ainda mais do que a propria sorte, desafiando a morte, colocando sua felicidade a prova para me levar a cura e me trazer de volta, da maneira correta..."
Zizo Supernova
"Se o passado fosse apenas passado, não sentiríamos nenhum tipo de angustia ou coisa parecida. Passado é historia, e a historia de nossas vidas não pode ser negada ou esquecida. Doa a quem doer, vivemos e morreremos nesse mundo cão."
A maior sabedoria do homem é a necessidade de transformar pensamentos em ações e lágrimas em sorrisos.
O homem por ser racional, é capaz dentro do associacionismo, capaz de construir várias essências com postes de Pasárgada e caiadas de branco por fora e por dentro. Mas também é capaz de criar postes e muros fétidos se não fores capaz de, tão horrorizado, dobrar-se sobre as poucas certezas.
"Como podeis vós comprar ou vender o céu, o calor, a terra? A Idéia nos parece estranha.
Se nós possuímos a frescura do ar e os espelhamentos da água, de que maneira poderá V. Excia. comprá-los?
Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada espinho luminoso do pinheiro, cada rio areento, cada bruma nos bosques, cada clareira, cada zoeira de insetos é sagrado na lembrança e na vivência de meu povo. A seiva que corre nas árvores lembra meu povo.
Os mortos dos homens brancos esquecem onde nasceram, já que vão passear dentre as estrelas.
Nossos mortos jamais esquecem esta terra magnífica, pois, ela é a mãe do homem vermelho. Nós somos uma parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. As cristas rochosas, os aromas das pradarias, o calor de nossos cavalos e o homem – todos são da mesma família.
Assim, o Grande Chefe de Washington, mandando dizer que quer comprar nossa terra, ele está pedindo demais a nós. Manda o Grande Chefe dizer que nos reservará lugares onde poderemos viver, confortavelmente entre nós. Ele será nosso pai e, nós, seus filhos. Pensaremos, portanto, na vossa oferta de comprar nossa terra. Mas, não será fácil. Pois, esta terra, para nós, é sagrada.
A água cintilante que corre nos riachos e rios não é só água, mas também, o sangue de nossos ancestrais. Se nós vendermos a terra, vós direis a seus filhos que ela é sagrada e que, cada reflexo das águas claras dos lagos fala dos fatos e das lembranças dentro da vida de meu povo. O murmúrio da água é a voz do pai do meu pai.
Os rios são nossos irmãos. Eles saciam nossa sede. Os rios levam nossas canoas e nutrem nossos filhos. Se nós vendermos nossa terra, vós deveis vos lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e os vossos, e vós deveis doravante dar aos rios a ternura que mostrais para um irmão.
Sabemos que o homem branco não entende de nossos costumes. Um pedaço de terra parece, a ele, o pedaço da terra vizinho, pois é um estranho que chega, às escuras, e se apossa da terra de que tem necessidade.
A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e uma vez conquistada, o homem branco vai mais longe. Ele abandona o jazigo de seus avós e isso não o aborrece. Ele tira a terra de seus filhos, e isso não o aborrece. O túmulo de seus avós e o patrimônio de seus filhos caem no esquecimento. Ele trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como mercadorias de comprar, a pilhar, a vender como carneiros ou pérolas brilhantes. Seu apetite arrasará a terra e não deixará nela mais que um deserto.
Não sei, nossos costumes são diferentes dos vossos. As imagens de vossas cidades faz mal aos olhos do homem vermelho. Mas, talvez isso pode ser porque o homem vermelho é um selvagem e não entende.
Não há mais lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar para ouvir as folhas caindo na primavera, ou para ouvir a zoeira das asas de um inseto. Mas, talvez, isso pode ser porque sou um selvagem e não compreendo. A barulheira parece estourar os ouvidos. E que interesse tem-se em viver se o homem não pode ouvir o grito solitário do corvo noturno ou o coaxar das rãs ao redor de um acude, à noite? Eu sou vermelho, e não entendo. O Índio prefere o doce barulho do vento, lançando-se como uma flecha sobre o espelho de um lago, e o aroma do vento, dele mesmo, molhado pela chuva do dia, ou perfumado pelo pinheiro mando.
O ar é precioso ao homem vermelho, pois todas as coisas participam do mesmo sopro – o animal, a árvore, o homem, eles dividem, todos, o mesmo sopro. O homem branco parece não lembrar do ar que respira. Mas se nós vendermos nossa terra, vós deveis vos lembrar que o ar nos é precioso e que o ar dá seu espírito a todos que ele faz viver. O vento, que deu a nosso avô o primeiro fôlego, recebeu, também, seu último suspiro. E se nós vendermos nossa terra, vós deveis separá-la e a ter como sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco poderá sentir o vento, adoçado pelas flores dos pinheiros.
Nós pensaremos, portanto, na vossa oferta de comprar nossas terras. Mas, se decidirmos aceitá-la, eu porei uma condição: o homem branco deve tratar os animais selvagens como irmãos.
Eu sou um selvagem e não conheço outra maneira de viver. Vi mais de mil bisontes apodrecendo nos campos, abandonados pelo homem branco, que os abateu de um trem que passava. Eu sou um selvagem que não compreende como o "cavalo de ferro", largando fumaça, pode ser mais importante que o bisonte que nós matamos só para viver.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais desaparecerem, o homem morrerá dentro de uma grande solidão. Assim, o que aconteceu com os animais, acontecerá, brevemente aos homens. Todas as coisas dependem uma das outras.
Vós deveis ensinar a seus filhos que o chão que eles pisam é feito das cinzas de nossos avós. Dizei a vossos filhos, para que eles respeitem a terra, que ela foi enriquecida pelas vidas de nossa raça. Ensinai a vossos filhos aquilo que ensinamos aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer a à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no chão eles cospem sobre eles mesmos. Ao menos, sabemos isto: a terra não é do homem; o homem pertence à terra. Isto, nós sabemos. Todas as coisas são como o sangue que une a mesma família. Todas as coisas são dependentes. Tudo aquilo que acontece à terra, acontece ao filho da terra. Não foi o homem que teceu a teia de sua vida; ele não passa de um fio dessa teia. Tudo o que ele fizer para essa teia, ele o faz para si mesmo.
Mesmo o homem branco, com quem Deus passeia e conversa como dois amigos em comuns, não pode fugir do destino comum. Depois de tudo, nós, talvez, sejamos irmãos. Veremos. Há uma coisa que sabemos, e que o homem branco descobrirá, talvez um dia: é que nosso Deus é o mesmo Deus. Podeis pensar, agora, em possuir a nossa terra como quereis; mas vós não podereis. É o Deus do homem, e sua piedade é igual para o homem vermelho e branco.
Esta terra lhe é preciosa, e danificá-la é acumular de desprezo seu Criador. Os brancos também desaparecerão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminai vosso leito, e vós sereis sufocados, numa noite, nos vossos próprios detritos.
Morrendo, vós tereis um brilho esplendoroso, ardente, com a força do Deus que vos trouxe até esta terra e que, em virtude de qualquer propósito determinado, voz fez dominar esta terra e o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos porque os bisontes são massacrados, os cavalos selvagens são domados, os refúgios das florestas impregnam-se da fumaça de muitos homens, e a vista das colinas floridas manchadas pelos fios que por elas passam.
Onde estão as noites? Desaparecidas. Onde a águia? Desaparecida. O fim da vida é o início da sobrevivência."
(Tradução de Júlio Geraldo Andrade Arantes)
[Carta do Cacique Seatle ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce – 1854]
Homens nunca entenderão as mulheres e as mulheres por sua vez nunca entenderão os homens...
Mais não é necessário que entendam e sim que se respeitem!