Jean la bruyère
A fé necessita de que nela acreditemos com a confiança de que ao alcança-la atingiremos, todos os idealizados sonhos. (taw ranon)
Eu lembro das vezes que olhaste em minha direção, apenas para ver se eu ainda estava lá. E você sempre soube: eu sempre hei de estar!
Olho e olho
Eu olho lá fora
E nada vejo
Meu corpo não para
Quer brincar de qualquer jeito
E o olha aqui dentro
E de nada sei
Tudo pergunto
Inclusive, pra que serve o mundo?
Eu olho e olho e nada vejo
Também não quero ver
Ainda sou criança
Gosto mesmo e de:
Acontecer.
Enide Santos
Tanta saudade
eu sinto...
De um tempo que ficou
lá atrás...
De quando eu era
criança ...
E no mundo eu via mais Paz..
Tristeza é coisa pra se encarar. Não adianta tentar fugir, sem olhá-la, sem reconhecê-la, sem chamá-la pelo nome, porque ela costuma nos alcançar de novo quando cansamos de correr. Não adianta enxotá-la porta afora, sem ouvir o que quer nos contar. Ela finge que vai embora, mas fica lá no cantinho da gente, escondida, sem dar um pio, deixando que continuemos a mentir um bocado para nós mesmos. E quando a gente está todo prosa achando que ela já foi, ela surge diante de nós e nos pergunta se já podemos lhe dar um pouco de atenção.
Tristeza é coisa pra se assumir. Não adianta colocar-lhe à força um nariz de palhaço para disfarçá-la. Enchê-la de purpurina, confete e serpentina, e exigir que sambe no pé o último samba-enredo da escola do coração. Não adianta tentar embriagá-la, porque, depois da ressaca, ela costuma acordar ainda mais chata. Chatíssima, aliás. Não adianta tentar seduzi-la com rodízios de pizza, feijoadas e churrascos. Ela vai comer tudo, empanturrar-se, e depois do café e da soneca vai bater em nosso ombro, a pança cheia, e nos dizer que ela não é boba nem nada.
Tristeza é coisa pra se olhar. Não adianta fazer de conta que ela não está lá, olhando pra gente com aquele olho comprido de quem quer colo. Com aquele ar de passarinho com dor de garganta. Com aquela cara de dia cinza em que não bate sol no nosso quintal. Podemos não gostar do clima que ela tem. Das coisas que nos revela. Dos medos que desperta. Do itinerário dos seus dedos, que apontam dores que ainda não foram curadas. Não dá para ignorarmos que também faz parte da vida. Que, querendo ou não, em algumas circunstâncias vamos mesmo encontrá-la.
Muitas vezes eu me flagrei tentando fugir da tristeza com os recursos mais absurdos. Alguns, até patéticos. A nossa maneira de lidar com as emoções, de vez em quando, é realmente cômica. É claro que a gente só ri depois que passa. Sobretudo, depois que entende. E rirmos de nós mesmos, dos nossos disfarces, das armadilhas, das limitações, tem lá o seu lado positivo, desde que a gente não exagere nessa prática como uma forma a mais de escapar do sentimento.
Tentamos abafar a voz da nossa tristeza em diversas circunstâncias. Da tristeza e também do medo, da carência, da raiva, da sensação de que estamos separados das coisas. Tentamos fingir que não estamos percebendo. Que não é com a gente. Dispomos de uma série de fórmulas testadas e aprovadas para fazer isso com eficiência. Algumas ainda dão certo; outras, não mais. O problema é que quando ignoramos a tristeza ou algum desses outros sentimentos embaraçosos, conseguimos apenas potencializá-los em nós.
A única coisa que a tristeza quer é que criemos espaço para ouvi-la e acolhê-la. Para saber porque está doendo. Para lhe oferecermos olhar e cuidado. É assim que ela começa a esvaziar e a se transformar na ação às vezes necessária. A coragem de assumir que estamos tristes, quando a tristeza chega, não implica permitir que ela nos escravize, a não ser que essa seja a nossa escolha. Ela é uma nuvem que passa, somos o céu que fica.
SIMONE SANTIAGO BERNARDO
Por quê fala-se tanto da morte se nunca viremos a conhecê-la ? Ora, quando ela chega a vida já se foi !
Olha, lá fora esta a rua
Deserta, vazia de ideias,
Sente o cheiro de podre no ar,
È a morte anunciada.
A falência programada,
Em um mundo que não pensa
Pessoas estão fadadas a se escravizar.
Tira esta venda, que insiste em usar,
Luta por novas causas, defende tua mente,
Procure na inteligência, o pensamento, para se libertar.
Ei menina boba, já acordou? então, vai lá abre a janela, deixa o amor entrar. Esquece aquilo que passou, não viva de momentos ruins, essencial mesmo são os momentos bons, alegres, felizes. Se o dia será ensolarado? Eu não sei, ninguém sabe...Mas algumas vezes bom mesmo é o frio, que adormece a tua cabeça, e te faz sonhar, ah e como é bom sonhar, sonhar com um amor, ou muitos amores, quem sabe é você, o que eu sei mesmo é que não importa, se é o amor de um homem ao teu lado, se é o amor que você sente pelo seu cachorrinho de estimação, o que importa é que seja amor, válido é amar, bom é beijar, obrigação é viver, e o teu dever menina é ser feliz, pois a vida é curta, pode acabar amanhã, e o que quer? ficar com a impressão de não ter vivido? Ah, põe o teu vestido mais bonito, o teu salto mais alto, e sai por ai sem rumo, eu tenho certeza que a noite irá te acolher, sei que vários amores irão aparecer, e você brilhará, incandescentemente como aquela, aquela ali ó, olha pro céu menina, é você que tá lá, é você a mais linda estrela, foi você quem Deus escolheu pra brilhar brilhar e brilhar, sem cessar!
Vai se sentir feliz pra lá vai. Não tenho tempo pra felicidade dos outros no momento, pra falar a verdade, eu não tenho tempo nem pra minha.
Queria te ver! Queria está contigo! Queria segura-la pela mão e não deixa-la mais ir! Queria ouvir seu respirar através da sua voz! Queria compartilhar segredos! Queria sentir o seu toque, o seu beijo, o seu doce encanto! Queria tanto você!
"Estar no fundo do poço de certa forma me dá algum prazer. Pois é de lá que extraio das minhas dores, meus sentimentos mais sinceros".
Lá longe
ha uma pequenina casa;
maior que um ninho
e menor que a expansão da imaginação.
A casa goteja
ou melhor
a mãe natureza chora.
Os braços são as paredes
O chão, são os teus pés
Pés de pisos coloridos ou acizentados. Amaderado e/ou da propria madeira.
Uma tempestade vem e amputa um de seus braços
e então a casa goteja
ou melhor...
a mãe natureza chora....