"A troca da Roda" Bertolt Brecht
Eu sempre tive sede de poder. De poder ajudar. De poder chegar junto. De poder estar ali, na hora em que for preciso.
A praça é do povo, disse Castro Alves. O poeta não disse que a praça é dos larápios, dos psicopatas institucionais, dos vendilhões do templo e negociadores da pátria.
Se navegar é preciso, sonhar também é. Ora com o peso da incompreensão, ora com o ceticismo, com a incredulidade dos que não sonham e não fazem.
Acreditar é a primeira regra do resultado. Não teríamos luz elétrica, rádio, avião e tudo o que a modernidade oferece se por trás não estivessem os teimosos que pensaram e fizeram.
A vítima é credora do atendimento prioritário. Apoio médico, apoio psicológico, apoio social, apoio jurídico e, quando for o caso, apoio material do Estado.
Somos maiores do que todas as divergências. Formamos uma nação que se expressa na mesma língua e ama a mesma bandeira.
Não consigo acreditar que uma nação, que tem cientistas, escritores renomados, juristas de excelência, empresários honestos e trabalhadores dignos, seja governada por grupelhos de ignorantes cívicos.
Enquanto a política nacional concentrar a atenção em desqualificados, doentes morais, corruptos e mentirosos, nós seremos uma republiqueta sem esperanças. Por isso, peço: que se discutam ideias; sejamos uma nação moderna, com base na razão e não nas paixões que cegam a inteligência.
A ética deixou de ser um distante estudo no plano da filosofia, deixou de ser um tema abordado superficialmente no currículo escolar; deixou os limites da pregação religiosa. A ética atualmente é uma necessidade social.
O Brasil é maior do que todas as crises; é maior do que a ganância de larápios oficiais; é maior do que a vontade dos que o querem dividir em ideologias fúteis.