Arte
Nem me arrisco em despetalar a florzinha branca brincando de bem me quer, pois tenho um dedinho torto nas coisas e escolhas do amor. As vezes acredito que busque, amores difíceis e impossíveis, pelo doce prazer de sofrer. Dizem que quem não sofreu de amor, nunca teve um querer tão grande, o que me achar, será imenso.
Parece coisa do destino, talvez presente divino que hoje me fez renascer, me puxou pra cima, me fez escrever e eternizar esse sentimento bom, no mesmo instante que transborda um sorriso pronto pra ser meu sem medo de errar.
Tão clara quanto a tua pele, o brilho nos olhos que volta a brilhar. Aqui mais uma vez me pego escrevendo e te tendo como alegria, tão linda que eu fico besta só de lembrar. Bobagem da minha cabeça ou valores do coração.
Café e cadeira de balanço, sinto a intuição conversando com a esperança, pensamento que se completa com o sonho de te ver entrar pela porta. Contraste entre o que foi e o que há, entre o que importa e o que não consegui recortar da memória.
A quinta xícara de café acabou, mas ainda tem uma garrafa a me esperar, um tanto imerso no enredo corro e rapidamente volto a sentir paz absoluta, a sexta xícara está pronta, mesmo olhando atentamente cada canto vazio da casa, onde percebo mais uma vez que não veio me visitar.
Contraste entre o que foi e o que há, entre o que importa e o que não consegui recortar da memória.
Xícaras de café
As assinaturas na frente e no verso nas obras originais do artista brasileiro amazonense Manoel Santiago, geralmente são diferentes. Afinal na frente, eram feitas com pincel e tinta, que muitas vezes ainda estavam frescas e molhadas e na parte de trás no verso eram feitas com lápis ou fusain, um bastão de carvão muito usado em pintura, permitindo assim uma gestualidade do autografo mais firme.
Aprendi com o amigo e mestre Manoel Santiago o quanto é importante retornar a boas idéias e percepções do passado, e reconstruí las com o novo ponto de vista, do agora. Na criatividade, o passado e o presente sempre dialogam, ou se completam ou se esvaem em síntese. A simplicidade só é alcançada com a maturidade da visão e do pensamento.
Ainda que eu ande nesta dimensão pelo vale das sombras e da morte, entre as invejas e as injustiças, não temeria mal algum, porque tu, Altíssimo estás comigo, sempre. Quão bom e suave seria que os todos irmãos por sua luz, vivessem na verdadeira união. Seria como o óleo virgem precioso colocado sobre a cabeça que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla de suas vestes brancas, do linho mais puro da colheita, seria como o gelo e o orvalho do Monte Hérmon que desce sobre os Montes de Sião; porque ali o Altíssimo, ordena a bênção para todos e a vida para sempre.
A verdade para analfabetos soberbos, ofende. Algumas almas cativas são maus por natureza e as inverdades admitidas são alicerces, fragmentados de suas cômodas mentiras.
O preto é covarde quando não busca sua própria negritude assim como o branco também o é, quando se afasta da sua própria "branquitude", a cultura de cada seguimento étnico e histórico é o passaporte mais digno, para o ser diferente fortalecer sua própria identidade e encontrar sua humanidade comum dentro da imensa universal diversidade.
Não guarde desejos que te umedecem, pois se amontoar demais eles viram um oceano e um dia vão te afogar.
Distante do medo tolo de muito se dar, viver as relações em conta gotas, é um desperdício de tempo e de desejos, pois isto não te preserva e nem te anônima se, inexiste como um personagem sem autor, fica a mercê das circunstâncias no próximo ato, isto é fato e te fragiliza ainda mais.
O autista é um ser super especial pela sua hipersensibilidade em vida. O som deve ser baixinho, a luz na penumbra, o toque só por carinhos e nunca olhe de frente para ele, aguarde ele olhar. O autismo é uma boa oportunidade para uma reflexão de desaceleração interior, é como o contemplar em silencio das águas brandas que deslizam vagarosamente pelos córregos em sinfonia abundante dos belos sons da natureza.
As artes plásticas da Amazônia, inicia com M, de Manoel Santiago e de Moacir Andrade, por felicidade ambos foram meus mestres em vida e eternos amigos. Aprendi a amar a grande floresta, suas paisagens, a mitologia e lendas com os melhores mestres da cultura, filhos honrados que a terra amazônica brasileira gerou.
Muito satisfatório poder experimentar neste momento um sentimento verdadeiramente grato através dos meus olhos exultantes por estarem admirando a tua graciosidade delicada, radiante sob os raios de sol, um calor que aquece alma com um divino e necessário amor.
Primor tão evidente que faz eu ver agora em ti a liberdade e o encanto de uma linda borboleta da noite que está numa ocasião atípica, iluminada pela luz do dia, assim, a sua natureza rica está recebendo um justo destaque que nem uma arte expressiva com a oportuna notoriedade.
É rara a satisfação desta minha visão poética de muita espontaneidade, a qual claramente não consigo evitar diante da tua imagem, cuja beleza conquista por ser peculiar, expressando vida e verdade com a essência de quem sabe amar demasiadamente a simplicidade.
Os teus olhos remetem a uma certa doçura e a um amor veemente, uma essência muito romântica com uma simplicidade ardente, que faz parte da tua beleza estonteante, profusamente, atraente que nem uma arte emocionante que possui uma vida fascinante evidente.
Bem provável que deixas o ambiente mais leve, aconchegante com a tua companhia afável, entusiasmante, tornando cada instante único, memorável, interessante e por consequência, as vivências ao teu lado são de fato valiosas e bastante significantes.
Quem me dera poder comprovar esta impressão de perto durante um momento muito agradável de contemplação e avivamento graças a ti, uma mulher notável que faz um bem tanto, assim, sentiria-me abençoado, principalmente, se tu tivesses o mesmo sentimento.
As lutas indígenas tem um pertencimento originário e é e sempre foi uma questão de estado, desde do Brasil colonial.
Temos que fomentar o estudo das ancestralidades indígenas nas universidades, não basta oportunizar cotas para as diferentes nações indígenas no ensino superior, é necessário conservar e resgatar culturas, mitologias e filosofias originarias.
O Marco Temporal indígena só se justificaria se fosse criado em contraposição um royalty para todos os povos originais anterior as demarcações coloniais. O Povo do Cocar, são os verdadeiros habitantes de nossas terras brasileiras.
A alma é circuncisa a fenomenologia existencial de cada corpo físico mas o espirito é eterno e livre, parte indivisível do todo que sempre existe.
Felizes dos que são livres e abertos ao novo. A liberdade em vida é não estarmos presos a grupos de velhos conceitos congelados como também as correntes de pensamentos estereotipados. A vida é soberana por mudanças.