Pensamentos de Platão sobre Amor
Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma conta dele.
O amor é uma força, uma energia, que se manifesta
Na alma como um sentimento de lembrança de algo
Que a alma já teve, mas perdeu.
O amor é filho da pobreza e da riqueza: da pobreza, porque constantemente pede, e da riqueza porque constantemente se dá.
O que ama é, de certa maneira, mais divinino que o objeto amado,pois possui em si divindade; é possuído por um deus.
Nas asas do amor a alma anseia por voar "para casa", para o mundo das ideias. Ela quer ser libertada da "prisão do corpo"...
É mau aquele amante popular, que ama o corpo mais que a alma; pois não é ele constante, por amar um objeto que também não é constante.
(Em "O Banquete")
A velhice nos proporciona repouso, livrando-nos de todas as paixões. Quando os desejos diminuem, a asserção de Sóflocles revela toda justeza. É como se nos libertássemos de inúmeros e enfurecidos senhores.
(A República)
É então de há tanto tempo que o amor de um pelo outro está implantado nos homens, restaurador da nossa antiga natureza, em sua tentativa de fazer um só de dois e de curar a natureza humana. Cada um de nós portanto uma téssera complementar de um homem, porque cortado com os linguados, de um só em dois; e procura cada um o seu próprio complemento.