Coleção pessoal de WilsomBucolismo

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Essa noite te invoco mais uma vez.
Te dou mão,
Cansão,
poesia,
Minha nação,
Te dou modo,
Cantos,
Quantos,
prantos,
Te dou amor de verdades enganando.
Te dou perigo
abrigo,
Invento mais um sentido!
Reticencias?
Te darei
E voce responde:
se vou...não sei...

O sertanejo passando na sombra
Com seu cavalo negro se espanta
Quando olha pro céu vê que a saudade é tanta
Que até sua alma se amedronta.

Sabe que pediu a Deus
E ele não ouviu
Sabe o medo dessa terra
Atiçou o cão que fugiu
Olha pro céu e a saudade é tanta
Que nem se tem mais lembrança
Da chuva que não mais viu

O céu não está mais enfeitado
Com as nuvens negras que um dia chorou
O passarinho passou cansado,
O urubu de tanto morto se alimentou
E o sertanejo com seu cavalo
Acreditou no Deus salvador.

O chão se alimentava do seu sangue
Disse: você não viu?
Daqui fico de pé!
Esse é o mió pedaço do Brasil
E se a chuva ainda não desceu,
É talvez porque não assubiu.

...Não sei de mar
Pois ando em areias de desertos tortos
Se paro,não sei voar
Tenho penas de passaros mortos.

Havia jardins,deuses,tudo...
E eu? nada!
Nem a cor dos meus olhos se via
Já era noite aproximada.

Minha alma despida no chão,
Minhas mãos quebradas e frias.
Perdão hora tarde,por esquecer-me de ti
Hoje penso no que me dizias.

Perdão pelo pobre homem que agora sou
Sem amor...pensamento...canção.
Pobre tempo do qual me perdi
Sombra de recordação...

Para Rennan peixe

Cabelo ruim,
Morde a língua no declamar
Não tem cadeira,
Nem chão
Quando a palavra é que te faz voar.

Irmão do meu silêncio
Não somos filhos do mesmo deus,
Nem sei se o que falas é meu,
Mas se tu falas sou todo atento.

Nem peixes é...
Cecília não decidiu!
Mas se areia tua mão viu
Pisas de leve na maré.

E se um dia Deus quiser
Guardarei teu nome de alto mar
Pois se um dia eu me calar
Tu falas por mim aonde estiver.

A dura parede
De duras pedras invisiveis
Não me permitem ouvir sussuros de raparigas
Quando elas falam do amanhã.

As duras pedras não me mostram Deus,
Nem sua furia.

As duras pedras não morrem!
Não falam,
Não amam
Não fumam
Não vivem.

As duras pedras não tem alma,
Não tem o sopro da vida
Nem Raízes.

Deixo com o mar
O vestido das pedras
Que afudam,
Não vivem
Não amam
Mas existem.

Deixo com Deus o pobre homem
Que ama,
Que fuma,
Que vive,
Que ouvem raparigas
Que existem...?
Perdão Deus...

Para o Wilson de 1994

Recordo meu primeiro cadaver
1994...bem franzino
Pois o tempo me levou o rosto
E meu primeiro choro de menino.

Não verei meu ultimo cadaver
Quando eu for,um dia desses...por ruas esquecidadas
Mas lembrarei do meu primeiro sorriso
Quando morrer meu pobre fio da vida.

Para Marise e Josicleide

O silêncio da minha sala espera
Onde aquela mesa de janta a tres
Apenas me serve...
Prego meus olhos ao céu
A ver minha estrela cair na Cidade Maravilhosa.
Que triste!
E a estrela?
Agora sozinha...
E o tempo se ia
As vezes esquecido...
As vezes triste...
Mas a noite nasceu no meu sono
Brilhando uma pobre estrelinha perdida...
E é tão puro o silêncio agora!
Nada diferente do que ja sei
Pois dou agora meu jeito de mãe
A essa estrelinha que nunca criei.

Ana boa
Ana triste
Ana de Copacabana.

Ana do sim
Ana do não
Das coisas pernambucanas.

Ana do sol
Clara...
De Copacabana

Fostes triste?
Tristeza engana.
Ana...Ana...

Dorme no sonho
Do céu
Da felicidade que não engana...

Ana...Ana...
Que não é pernambucana...

Amor, Dolor de capital
Mata a la flor del deseo
Fallecido en el último beso
En la flor funeral no quería ...

Visitar la tumba del poeta
Y me acordé de estar en el bar que frecuentaba.
Mis sandalias todavía camina en su casa,
Y lo que me queda?
Tal vez nada ...
Que el cantante recuerda mi apellido
Al cantar el camino de tierra
¿Qué melavam desempolvar mis pies.
Baje la última lágrima de mis ojos
Antes de que la tierra traga todo mi cuerpo.
¿Quién se llevan flores a la tumba negro
Si dejo de escribir en mi testamento?
Lástima que Dios no me muestre su rostro.
¿Quién escribió el último verso de la noche
He dormido por la borrachera
Y despertó justo recordar su nombre.
¿Quién le gustaría que mis hijos como padre
Si siguen a amar a mi imagen?
Tal vez llevar el pelo blanco y traje.
¿Quién lejos que se ve y se siente el olor de tu cabello?
Flag poeta que sería?
¿Quién sería enterrado junto a mí si él murió por amor ...?

Onde estais sereia?
Sem tuas marcas na areia
É difícil te encontrar...
Nem ajuda de Deus,
Um grande amigo meu
Que fez do mundo meu lar
Não consigo te encontrar.
Tal vez o sol mostre um caminho nascente
E no meio de toda gente,
Passando na sombra de todo lugar,
Eu te veja caminhando
Pela rua da saudade
Onde tentas descansar.
Sou homem,
mas menino quando te quero pra sonhar.
Em todas as horas te procurei,
Na rua da saudade de achei
Dormindo no ar crepuscular.

Deixa o sol moço nascer
Já cansei da tua madrugada.
Apenas dorme moça,senhora do tempo,
Que Deus não faz correr água do teu rosto cansado.

Ver quem vem pra ser eterno
Eu vim de terno e com a flor da nossa ultima primavera
Mas dorme moça,senhora do tempo
Dou-te um beijo de amor no proximo setembro

Onde estais,pretinha?
No teu edredom sozinha?
Essa noite não é minha.
A lua te chama,
Quer teu alaúde.
Preta,pretinha
Eu sei que não és minha
Mas quero que me busques.
A noite que me curve,
Teu suor no alaúde são lagrimas de luar.
Pretinha de noite e de mar
Sai do teu lugar!
Essa noite não é minha...
Por que ficas ai sozinha?
Tens beleza a mostrar.
Teus olhos negros,noite...
Traz a lua pra dançar
Teu corpo de moça nova
Traz beleza em todo lugar.
Traz tuas pernas,lábios e música
Pois no samba é teu lugar.

Menina se inclina
Me atiras no rio
Quem te viu?
Depois pedras,
Depois flores,
Depois amores.
Me atiras no rio.

Menina da lama
Me atiras na grama
Quem te viu?
Depois na cama,
Depois teu corpo,
Depois teu todo.
Me atiras na grama.

Menina de amor,
Cachos de flor
Quem te viu?
Deitada na grama,
Molhada no rio...
De tanto qurer-te assim
Minha mão de poeta...
Dormiu...

...Nem madrugada,nem manhã
Me chamas a provar teu chá,
Mas no final da tarde me convidas
A tomar teus olhos crepuscular.

Um dia desses,talvez
Serei um pouco do nada,
Já que fostes nada.

Um dia desses,talvez
Serei metade,
Já que fostes metade.

Um dia desses,talvez
vou lavar tuas roupas,
Já que lavastes as minhas.

Um dia desses,talvez
Serei teu,
Ja que fostes minha.

Um dia desses,talvez
Serei um bebado,
Ja que fostes minha bebida.

Um dia desses,talvez
Serei a porta,
Se pensares em saida.

Um dia desses,talvez
Serei teu nome,
Se não tiveres identidade.

Um dia desses,talvez
Serei tua rua,
Se não tiveres mais cidade.

Um dis desses,talvez
Serei tua morte,
Se um dia morreres de amor.

O pássaro voa livremente,
E pode ele por os pés no chão.
Tenho tanta pena de não ter penas
E me fazer voar,passar passarinho...
Tenho braços longos para te dar tchau
Assim que cruzas meus olhos,
E de te ver passar me sinto menino
Querendo voar,voar...
Atiro pedras para o alto e elas voltam
Fortes e mortas,
Matando minha esperança de um dia passar,passarinho...
Sou preso ao chão!
Queria conhecer o céu,conhecer as árvores do outro lado dessa terra.
Queria me conhecer,pássaro e homem
Ser pássaro e provar o céu,
Ser homem quando precisar provar da terra,
Mas só posso fazer isso sem sair do meu lugar.

...Se não posso te ouvir,solta o verbo com tuas mãos
Solta a musica,a poesia e olha as horas que se passam
Esse relogio te dei
Olha a hora antes que ele pule para outro pulso
E eu me perca de ti.

...Onde nossa tristeza é mais bela,
Onde minhas lagrimas podem sorrir nos braços do redentor,
Onde é Dó maior de Tom.
Todas as letras nessa carta e nada em seus olhos,
Mas no piano e violão o suor de teus dedos.
Tuas mãos choravam ao tocar pra Copacabana,
E eu choro ao te tocar e te ouvir...
Tonzinho...

Simples,mentes

Simplismente
Mentes para o coração simples.
Não pode o coração,
Com forma de violão cantar a musica simples.
Não podes com petição
Jogar em minhas mãos a rosa mais simples.
Contudo,solenice,minha primeira palavra simples
Foi tua.
Mentes,simples para a mente
Do mau poeta que sou.
Mau e simples,
Mas que meus versos te limpem...
Sou o poeta que simplesmente te amou.

O céu é o início do fim.