Julia Campanucci
Foi assim...
"O sorriso é lindo, mas o olhar é triste"
(maio/2005)
Foi assim que ele me definiu e foi assim, o inicio de uma grande amizade.
Foi assim que eu descobri que podemos ocultar muitas coisas, mas jamais a pessoa que somos.
E somos muito mais que o sorriso que nos acompanha numa festa, o bom dia que falamos à cada manhã ou o alô que dizemos ao atender o telefone, somos muito mais que o nosso diálogo, que o nosso silêncio... somos bem mais!
A pessoa que eu sou hoje com certeza não é mais a mesma do dia que ouviu esta frase, esta definição... Não sei bem como me descreveria hoje. Talvez o sorriso continue o mesmo, talvez o olhar tenha se modificado, talvez nada disso... Mas a verdade, era que o dito era verdade.
E como alguém que revela a cara, estampa a face, retira a máscara
eu fiquei ali, parada, imóvel _ com um sorriso lindo mas nos olhos, haviam lágrimas
Eu não precisei dizer nada, era como se ele já soubesse...
Percebi mais tarde que ele nada sabia, mas desejava saber... e soube, pouco a pouco
devagar fui me revelando, fui me desvendando... e isso era bom. Muito bom!
Era bom poder contar, era bom ouvir. Era bom ser feliz!
Fomos felizes... estávamos decididos que seríamos e fizemos cada dia ser mais feliz. Fizemos nossa felicidade com gestos simples, gargalhadas e com uma sinceridade, que nada ocultava.
Num mundo de pressão aquela amizade era também minha válvula de escape;
Era minha alegria, minha fantasia... a minha outra metade!
Era meu bem, meu zen meu mal...
E amizade, a gente sabe, que só se inicia e nunca finaliza
porque amizade não tem fim, e a nossa continua por aí!!!!!!!!!!!
Julia Campanucci
Nov/2009
JOGOS
muitas vezes ao viver
me deparo em meio aos jogos
q eu não sei jogar
estou no centro do tabuleiro
encurralada diante tantas jogadas
mas eu não sei jogar...
A vida repara, mas o jogo não pára
_ só mais uma tacada!
O juiz apita,
o jogo termina
cada um pra um lado
alguém feliz, outro arrasado
mas eu,
eu não sei jogar...
Do que me adiantaria ser
se eu não soubesse quem sou?
Do que me adiantaria a família
se com ela eu não pudesse contar?
Do que adiantaria tv e dvd
se eu não conseguisse ver?
Do que adiantaria celular
se eu não tivesse créditos pra falar?
Do que adiantaria computadores
se não houvessem programas à executar?
Do que adiantaria carro
se eu não pudesse passear?
Do que adiantaria meu trabalho
se eu não recebesse pra gastar?
Do que adiantaria férias
se eu não fosse viajar?
Do que adiantaria amigos
se eu não pudesse confiar?
Do que adiantaria a fé
se eu não quisesse acreditar?
Do que adiantaria a vida
se eu tivesse medo de viver?
do que adiantaria?
do quê?
Julia Campanucci
Amor e Desamor
Amor _ vc e eu
ambos numa cama de solteiro,
compartilhando td: corpo, beijo,
coberta e travesseiro
Desamor,
quando sobra espaço
em uma rede
Amor:
cafuné, pão de queijo com café
Desamor:
_ Apareço qdo puder!
Amor,
um carro, pequeno e apertado
teu olhar, tua mão e teu
beijo apaixonado
Desamor,
Chega! não dá mais;
Bate a porta.
Eu acelero e vou embora
Amor,
é vontade de ficar um pouco mais
Desamor,
é tipo assim: Tanto faz!
(Julia Campanucci)
Mulher
Me tornei mulher um pouco cedo de mais
Talvez vc pense q meninas tornam-se mulheres
qdo passam a incluir novos itens em suas gavetas:
sutiens, absorventes, anticoncepcional, etc...
Mas não, meninas tornam-se mulheres muito antes...
Tornei-me mulher qdo, ainda cça, usava salto altos
em minhas brincadeiras, qdo cuidava de uma família,
e ainda tinha tempo pra trabalhar, ir à escola e viajar,
ainda q tudo isso se desse no quintal da minha casa
e sobre duas rodas
Tornei-me mulher qdo senti o coração pulsar mais forte
diante da minha primeira paixão,
Tornei-me mulher
quando entendi que as vezes é necessário se calar, e
que muitas vezes é preciso gritar, dizer e questionar
De repente, mulher!
Qdo o medo torna-se menor que
a coragem de arriscar-se
Sou mulher porque aprendi a amar, aprendi a sorrir,
aprendi a desejar e a ter, aprendi a chorar,
estou aprendendo
à viver...
Não sou esposa, não sou mãe, não sou tia nem avó
mas sou mulher e sei q posso conseguir tudo isso
Não sei lavar, não sei passar, muito menos cozinhar
mas sou mulher e aprendi a me portar
Ainda não me encontro sentada
na cadeira de balanço à relembrar
Mas sei,
instintivamente eu sei
o que me dará saudade
e o que me fará chorar
Eu sou mulher!
E quer saber,
tornei-me mulher cedo de mais
e algumas coisas eu ainda não sei,
deixei de aprender...
eu não sei bailar
não sei ficar
eu não sei...
eu não sei me fantasiar
e me esqueci de paquerar
eu não sei...
Mas como mulher descobri
que posso sonhar, conquistar
e me emocionar
Que eu posso te amar
se vc deixar...
(Julia Campanucci)
o q quero e o q eu não quero
Eu não quero apenas um amor
quero um companheiro
um sedutor...
Não quero alguem q me diga tudo
que me explique tudo
não, eu não quero
não quero um sábio
eu quero um lábio
Sou exigente
e quero gente
q me beije...
q num abraço
crie o laço
e q se lembre da infância
q me ame como uma criança
q seja responsável
e sobre tudo razoável
e q deseje ir mais longe
do q pensa poder ir
alguém q queira se deitar
e descansar
q se permita sonhar
e também fantasiar
q queira chocolate no café
e ache graça no balêt
q saiba sorrir
e aplaudir
do acerto
e do conserto
e q passe a vida a refletir:
se poderá ser feliz se um dia eu partir...
Julia
Um Pedaço Restaurado
Dizem q o q cura é o tempo,
mas tem hora q mesmo com o tempo
faz falta um afago, um carinho, um abraço...
Meu coração tbem andou despedaçado,
a gente demora um pouco até juntar todos os pedaços.
Pedaços q entregamos a outros q não levaram embora,
deixaram em qualquer lugar, por aí, no espaço...
Mas a gente é forte e sai a caça, sai em busca.
Monta um pouco, fica estranho, um desconforto...
Junta um tanto, falta um canto,
rola um pranto...
Mas a gente continua, vai tentando,
se adequando, dando um jeito, rebolando
e de repente dá certo, vai sarando, se encaixando...
Um coração cicatrizado, reparado, restaurado
um pouco apavorado, mas sempre pronto
para um novo namorado!
Beijos,
Ju
eu
ora bolas,
eu não tenho hora, eu quero agora
eu não me importo se são 9 foras
eu digo quero
eu erro
eu nego
desinteresso
eu envoco,
convoco,
provoco
equívoco
eu não ando devagar
minha dose é cavalar
eu mergulho na sede de te amar
nem é tarde pra tentar e eu vou me arriscar!
(Julia Campanucci)
Uma boa razão
pra vc gostar de mim...
vc pode gostar de mim
pq meus olhos são castanhos
ou pq eles revelam meu verdadeiro eu
vc pode gostar de mim
pq eu tenho um belo sorriso
ou pq já sorrimos juntos
vc pode gostar da minha voz
ou das palavras q eu expresso
e quem sabe até do meu silêncio
...
mas vc tbem pode não gostar
pode não gostar
daquilo q eu penso
do q eu defendo
...
Você pode me amar
pode se apaixonar
pode até me beijar
mas o q vc não pode
é desistir de tentar...
Julia Campanucci
Pensei...
Eu pensei que era forte,
mas ouvi ele dizer que me ama
aí senti q já não era mais
ele não entendeu,
nem eu
eu falei que não,
ele insistiu num sim
enfim...
(Julia Campanucci)
você
Ei, vc!
q chegou de repente
não me pediu licença
não avisou,
simplesmente ficou
e mudou td em mim,
pensei q eu iria me perder
e incrível!
me encontrei...
Ei, vc!
q não se parece comigo,
mas parece distante...
o meu melhor amigo
e somos tão semelhantes
Ei, vc!
q nem imagina
e ainda
compreende a rima...
É, vc...
(Julia Campanucci)
Não mais...
Quem se importava
agora
não importa mais
O telefone que tocava
agora
já não toca mais
A mensagem que chegava
agora
já não chega mais
O e-mail esperado
tornou-se inesperado
O casamento que faríamos
não faremos mais
Os filhos que teríamos
não teremos mais
A viagem agendada
agora é
desmarcada!
O amor que era eterno
agora ... é jamais!
Julia Campanucci
Não sinto falta
Só a sobra
Não tenho saudade,
Só vontade
Eu não te quero
Só te espero
Não desejo
Só teu beijo
De você, nem um pouco
Só o todo
Eu primeiro!
E você inteiro
Só pra mim...
Julia Campanucci
Pronto!
Ora penso que encontrei,
Ora penso que não
O amor que tanto sonhei,
Ou será só mais uma paixão?
As vezes penso que é você
Outra hora acho que ainda há de aparecer
Acredito no nosso reencontro com, ou sem nenhuma,explicação
As vezes tento crer num novo amor, assim e pronto. Atração.
Sinto que se não for você, não há de ser!
Se não é você, quem haveria de ser?
Mas, seja lá o que for acontecer
Eu tô pronta pra viver!
Julia Campanucci
Pergunto
Será que pensa, será que lembra?
e aquela foto, ainda te contenta?
será que sente ou ressente?
por que sempre tão ausente?
Será que ama ou desama?
Ainda um, naquela cama?
o que será que tu planejas?
será que amor ainda almeja?
de repente se arrepende, será?
mudou de vida, de rotina,
deixou o sol passar pela cortina?
encontraste um trabalho?
ou quem sabe um atalho?
Já achastes o que procuras?
Será doce ou amargura?
( Julia Campanucci )
Antes tarde que Saudade
Hoje escutei uma frase que diz assim:
"O que não vivemos tem mais força do que aquilo que vivemos"
E como é verdade!
Por isso temo não viver, não simplesmente porque quero viver,
mas pelas conseqüências que o não viver pode me causar mais tarde
Tive uma amiga linda, super bem sucedida, com uma familia feliz que vez por outra me contava com saudade de um tempo que já havia ficado pra trás, bem lá trás ... Lembrava-se de um beijo interrompido porque alguem chegou bem na hora. Lembrava-se daquele encontro que não aconteceu porque o pai e a mãe não a deixaram sair, justamente naquele dia. Lembrava-se dos tantos garotos: bonitos, simpáticos, gente boa que se aproximaram dela e que ela por medo, por proibição, ou sabe-se lá o que... não curtiu, não usufruiu, não conheceu, não tomou aquele sorvete, o guaraná, gelo e limão, não conviveu...
São emoções contidas, sentimentos amarrados,
lembranças vívidas de uma fase que a gente não provou
pra saber se era fantasia,
real ou irreal
Minha amiga sabia de tudo que a cercava...
Sabia de familia, de trabalho, de marido,
filhos, casa, contas a pagar, sexo... sabia de amor.
Mas não sabia (e queria saber) sobre beijo apaixonado,
encontros agendados, queria saber de um novo namorado,
de gente, de sorvete, guaraná... queria saber de outro amor...
E ela foi saber...
Casamento desfeito, um novo emprego....
E sabe-se lá como é que está?!
Por isso, meu medo tão justificado...
Não culpo minha amiga.
Nem a julgo por ela ter pago o preço que o tempo cobrou...
Um preço caro, talvez!
É, o tempo nos cobra. E cobra dobrado,
cobra caro por uma nova chance. E as vezes, mesmo pagando,
não se tem garantia de que vão se ver de novo,
ainda que se vejam, não se sabe se terá paixão ou se beijos haverão,
não dá pra saber... se os olhos vão outra vez brilhar,
nem dá pra saber o que se vai achar...
se haverá um lugar na casa, no colchão
e sobretudo, no coração!
Por isso, prefiro viver, prefiro tentar, me arriscar
Antes tarde que saudade
Mas nos encontros e desencontros desta vida...
pode ser que nos peguemos com saudade
E porque não reviver? O tempo correu...
Mas quem sabe ainda dá, pra ser outra vez
a namorada de um amigo meu?!
Julia Campanucci
Nós não, nossos olhos sim!
Não. Nós não namoramos.
Não nos tocamos, nem sequer nos falamos
Nossos olhos sim.
Namoram, se esbarram, fitam-se
Não. Nós não namoramos
Não nos visitamos, mensagens não mandamos
Nossos olhos sim.
Sorriem...
Nós, não!
Não nos abraçamos. Não...
Nossos olhos sim,
encontram-se, amam-se, beijam-se
Nossos corpos não!
Nossos olhos sim!
Não, nós não nos procuramos
nem nos emocionamos
Nossos olhos sim! Percorrem, buscam
quando cruzam-se, festam, saltam, pulam
O coração pula também.
Palpita, se agita...
Porém, insistimos no não
à um sentimento que grita:
Sim, Sim e Sim
A um namoro que nunca chega ao fim!
Julia Campanucci
Como no 1º dia
E o ano se inicia e com ele uma nova turma, novos alunos, uma nova perspectiva.
Com o ano novo, um novo desejo, uma louca vontade, uma alegria sem fim e um medo tão grande em mim... É sempre assim!
Medo? _Talvez você me pergunte: _ Medo?
Medo! Pois é, medo... Mas é um medo bom. O medo que a bailarina sente antes de bailar no palco, o medo que sente o trapezista antes de subir na corda, um medo de professora que aguarda o aluno a bater na porta... É esse medo que toma conta de mim, um misto de medo, de ansiedade, de louca vontade... Um frio na barriga, como no primeiro dia.
Acordo cedo, antes do despertar do relógio. Penso no que vou vestir. Busco e procuro algo que descreva o que há de melhor em mim.
É hora de ir pro trabalho.
Coração batendo forte, e eu já sei o que me espera!
Na escola, uma equipe maravilhosa, mas todos em polvorosa situação.
Os pais têm em suas mãos o seu maior de todos os tesouros. Querem me entregar, mas as mãos parecem não alcançar, não querem... Não querem dos seus filhos, a sua mão soltar.
É difícil, é indescritível! É uma lágrima contida, presa, é um nó no peito, é uma luta, é um feito... Não tem jeito!
Tem criança que chora, tem criança que fica e logo quer ir embora, tem criança que briga, que grita, que bate e xinga, tem aquelas que grudam, agarram, e que não vão te perder (de vista)
E não é um, nem dois. São vinte e dois!
E a professora, em meio à enorme loucura, só tem esse, esse exato momento de mostrar pra turma quem é, o que é e o que faz ali...
É ganhar ou perder, sem engano. Exatamente ali, naquele momento de loucura, de tensão, de emoção. O aluno te examina, te observa, nota e anota a sua reação.
E como a bailarina em sua sapatilha. O professor apresenta ali sem cortina, a sua peça teatral... Todos passos bem marcados, com olhares entrelaçados, compreende a dor desse momento tão dilacerado, mas com a firmeza que encanta, leva a dança e encerra a valsa com a certeza do aplauso. Que não vem de cima, nem debaixo _ vem do palco!
E é assim. O primeiro dia é assim
com essa angustia sobre mim
Mas eu já sei que já passa já.
E eu amo tudo isso em mim e amo meu trabalho e tudo o que eu faço!
Julia Campanucci
Cuidado coração, cuidado!
As pessoas acreditam que comigo não tem tempo ruim. O pior é que tem. Tem dia fechado, tem dia do avesso, tem dia nublado... é chato isso, mas tem. O diferencial é que eu tenho no bolso um pedacinho de sol, eu tenho na cara um tantinho do riso, eu tenho no olhar um bocadinho de esperança ... são bagagens trazidas lá do meu tempo de criança... são sentimentos guardados e utilizados só em caráter de urgência
São curativos, cuidados paliativos,
Por isso, eu te peço coração:
_ cuidado pra não ir de volta ao chão!
Julia Campanucci
E quando a gente...
E quando a gente encontra um arquivo repleto de lembranças, de fotografias, de bate papo, de planos, de sonhos ... e quando a gente se lembra que podia ter sido feliz e não foi ... e quando a gente busca algo que justifique aquele instante, e quando a gente quer resgatar esse tempo e já não pode mais ... e quando a gente chora de saudade daquele abraço que não se recebe mais, de um olhar que já não brilha tanto e daquele alguém que eu amava (ou ainda amo) tanto? E quando hoje a gente ora, fazendo pedidos tão incertos, dá uma saudade de orar daquele jeito, pra pedir que a gente desse certo...
Fecho a pasta, guardo a foto, enxugo a lágrima, escrevo um post e pergunto à Deus: - O que será de Nós?!
Aguardando respostas....
Julia Campanucci
Arrependimento!
Nada causa maior tristeza do q a sensação de arrependimento,
me apavoro diante a imensidão deste dragão q nos assombra
qdo tomamos uma decisão, as vezes, precipitada,
outras vezes, impensada.
O pior é q arrependimento é como uma faca de dois gumes
pois por um lado vc teme se arrepender de algo q não fez, e
por outro lado teme arrepender-se por algo q fez... e aí?!
Aí, o jeito é ser intenso... e eu particularmente sou bem intensa
totalmente intensa e insana tbem, rsrsrs
Dou tempo ao tempo, sou teimosa, insistente e misturado a tudo
isso, sou daquelas que agarra as oportunidades, que quer tentar,
inovar, se apaixonar...
Complexo?
Sim, mas é uma complexidade q faz todo sentido, rsrsrs
É como jogar truco, vc tem um parceiro, tem as cartas na mão
e deseja muito ganhar a partida... logo após o ínicio do jogo
vc passa a sinalizar ao seu parceiro, afim de que ele se arme
e mais, que ele se junte ao seu esquema... vc dá um tempo, uma ou duas
rodadas para que ele se arranje ... e nada... vc poderia esperar mais algumas
rodadas mas, de repente, vc está com o jogo ganho nas mãos... aí não tem jeito
vc grita truco e põe as cartas na mesa... o jogo está perfeito!
Mais um ponto pra vc´s!
Arrependimento? Nenhum!!! Afinal vc fez tudo o q podia:
sinalizou, aguardou, se armou e ganhou
vai se arrepender do que?
Na vida real é do mesmo jeito
tem que fazer aquilo q se acha certo:
tem que dizer o que sente, o que pensa,
tem que sinalizar, tem que olhar e falar
É preciso saber esperar, dar um tempo para que o nosso
amigo, companheiro, chefe...
pense e repense
dar ao sujeito uma nova chance
mas não pode nunca deixar de
dar a si mesmo a chance de ser ganhadora,
sair vencedora de qualquer partida
desta vida!
Baralho!
num baralho 4 naipes
no meu naipe um baralho
baralho embaralhado
um só naipe é preciso escolher
pra este jogo eu vencer
ultima carta do meu monte
o q será q esconde?
só virando pra saber
ouro, espada, copa ou paus?
eu to louca para ver...
carta na mão
pronta pra bater
virada a carta sobre a mesa
q surpresa,
o curinga aparecer!
Julia Campanucci
busque a respsta q há em vc!
Não importa!
Chega um momento q é preciso parar
é preciso sentir, é preciso sonhar
Não tem como fugir!
Mas nós, vc e eu, vamos tentar...
mudar de direção, dizer q não
e então,
de repente...
vamos nos sentar, nossos pensamentos vão voar
e a grande questão,
o ponto de interrogação, surgirá...
E nós, o q faremos?
_Nós?
Sairemos em busca da resposta...
Julia Campanucci
Mesmo
É mesmo,
Me levanto sempre no mesmo horário
Tomo todos os dias o café da mesma marca
e como o pão vindo sempre da mesma padaria
o mesmo caminho pra chegar ao trabalho
lá, digo bom dia aos mesmos amigos de todos os dias
O telefone toca e eu já sei que é o mesmo problema
vindo do mesmo cliente e mesmo sem vontade eu o
atendo e sou cortês e ele se despede de modo gentil
e eu faço o mesmo à ele
No almoço, o garçom me diz:
_vai pedir o mesmo?
_ sim, o mesmo, por favor!
a conta, porém, nem sempre
tem o mesmo valor
Logo estou de volta ao mesmo oficio
e mesmo que se demore
já é hora de voltar à mesma casa
e fazer as mesmas coisas
e claro, dormir na mesma cama
Pois é,
mesmo fazendo sempre o mesmo
a gente é mesmo pego de surpresa
E, de repente,
a vida já não é a mesma,
e os sonhos, tbem não são os mesmos...
Mesmo q vc não se aperceba disso!
##### Julia Campanucci #####
Pra lá deste quintal...
... é uma violência que não tem mais fim
Há muito tempo recebemos orientações e advertências quanto aos cuidados que devemos ter quando nos encontramos do lado de lá do portão da nossa casa _ Todos falam das atrocidades que ocorrem por lá: violência, morte de inocentes, balas perdidas, maldades sem motivos, seqüestros, estupros, entre tantos mais horrores.
Todas essas informações nos ajudam a ser alertas e também desconfiados de qualquer pessoa. Fazer novos amigos? Nem pensar! Medo, esse é o sentimento que nos toma conta diante do desconhecido.
O problema é que hoje o desconhecido já tem não só as chaves do portão, mas acesso á toda nossa casa, tem adentrado em nossa vida usando apenas um loguin e uma senha. Quem diria? A violência hoje, também é virtual!
A violência pulou o muro, está aqui bem pertinho. Contaminou a mamãe que numa crise de cinco minutos brigou, bateu, matou!!! Atingiu o papai que esqueceu que o carinho também tem limite e assim a sua filha chora porque não deseja mais o afeto, um beijo, o abraço e um afago!
E agora?
Agora era fatal que a nossa paz terminasse assim...
Pois pra lá e pra cá deste quintal é uma violência que não tem mais fim!
Julia Campanucci
