Poemas

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O Lampejo

O poema não voa de asa-delta
não mora na Barra
não freqüenta o Maksoud.
Pra falar a verdade, o poema não voa:
anda a pé
e acaba de ser expulso da fazenda Itupu
pela polícia.

Come mal dorme mal cheira a suor,
parece demais com o povo:
é assaltante?
é posseiro?
é vagabundo?
frequentemente o detêm para averiguações
às vezes o espancam
às vezes o matam
às vezes o resgatam
da merda
por um dia
e o fazem sorrir diante das câmeras da TV
de banho tomado.

O poema se vende
se corrompe
confia no governo
desconfia
de repente se zanga
e quebra trezentos ônibus nas ruas de Salvador.

O poema é confuso
mas tem o rosto da história brasileira:
tisnado de sol
cavado de aflições
e no fundo do olhar, no mais fundo,
detrás de todo o amargor,
guarda um lampejo
um diamante
duro como um homem
e é isso que obriga o exército a se manter de prontidão.

O poeta entra no elevador
O poeta sobe
O poeta fecha-se no quarto
O poeta está melancólico.

O que seria do poeta sem suas poesias
O que seria dos apaixonados sem amor
O que seria do fiel sem a fidelidade
O que seria do futuro sem o presente
O que seria dos oceanos sem suas aguas
O que seria da lua semo sol
O que seria do amor sem a paixão
O que seria d emim sem você
O quanto eu sofreria se te perder
Jamais me perdoaria por te perder
Não sei sei o que eu faço sem você
Mediga o que eu faço para não te perder
Você precisa saber o quanto eu amo você.

A dor do poeta

O poeta é triste
por natureza,
mas na poesia
encontra o conforto
como o navio que
chega ao porto
levado ao sabor
da correnteza.
E se da vida
sente a tristeza
de um amor que
já está morto,
cultiva a flor
de um mais belo horto
onde a poesia reina
com beleza.
Encontra a vida
na bela forma
da rima fértil
do verso apaixonado
e, com a tristeza da vida
se conforma.
Não sente mais
o fel de seu passado
até que a vida
de novo o transforma
num homem só
amargurado…

Sem você eu era apenas um poeta sem poesia
Um rap que não tinha rima
Um Da Vinci sem Monalisa
Um pintor sem obra-prima
Um escritor que nunca escrevia
Um sorriso que nunca se ria
Sem você, amor, nada eu era, nada eu tinha.

"Sem poemas sem poesias"


Como é bom receber poemas e poesias!
Como seria bom!
Como seria bom se cada uma delas fossem reais!
Reais como sentimentos ocultos de quem nos envia.
Com o rosto descoberto, um sorriso aberto.
Talvez nem fosse necessário tanto poema e tanta poesia!
Apenas nos dizer palavras simples, sem simbologias gráficas ou sonoras.
Nos mostrar que valemos a pena, por ser mais que um simples amigo.
Que somos a própria poesia e o próprio poema, um para o outro!

AS ONDA
(poema do projeto Noronha – Imagem e Poesia)

Ondas que parecem abraços
Calorosos, afetuosos, apertados...
Em verdade
As ondas de Noronha
Não são ondas, são abraços...
Que lavam a alma
De homens, arraias e barcos...

Mulher Poema

Poeta não faça de mim
sua musa inspiradora,
pois irá perder-se em
meus mistérios...
nem tente descobrir
a essência que carrego.

Teu sorriso tem poesia, daqueles que me deixa encantado.
Teus olhos têm poemas, daqueles que me fazem delirar.
Tua boca tem sonetos mágicos, que nem mesmo os grandes poetas podem imaginar.
O teu corpo tem versos, em cada detalhe dele tem algo encantador.
Você é uma obra por inteira, perfeita e feita pelo o todo poderoso artista, Aquele que
criou as mais lindas obras primas. mas, de todas elas você é mais linda.

O poeta que faz poesias

Recrio sentimentos,
Que brotam da minha alma.
Escrevo, palavras desalinhadas
Sobre um papel...
Construo frases frias, quentes....
Amargas doces...
Refaço amores, desfaço ilusões.
Preencho os vazios do meu coração,
Destranco sentidos...
E quando escrevo,
Posso ser tudo...
Um pássaro, uma folha,
Um amor, uma dor.
Descubro novas formas de amar,
Novos caminhos, para percorrer.
Refaço personagens, desfaço mentiras.
E escrevo.... como escrevo....
Palavras em chamas,
E com elas...
Vem a poesia.

Legado

Os poemas sempre ficam
São guardamos na emoção
Quem escreve os ratificam
No entendimento do coração
Quem os lê se transformam
E viram parte da narração...

Poema

Todo o negro dos teus cabelos
Tudo que cerca o teu olhar
Até as coisas mais simples
São tudo

Cada pedaço do teu rosto
Até aquele seu moletom fosco
Pequenos detalhes
Quase ínfimos
São tudo
(e um pouco mais)

Um dia a maioria de nós irá se separar!
Sentiremos saudades... Bem eu sempre pensei que as amizades continuassem para sempre!
Hoje não tenho mais tanta certeza disso...
Vamos nos perder no tempo...
E a saudade vai apertar.
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixemos que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades....
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
O Tempo? Sempre indelével... Os amigos? Sempre transitórios.

Existem quatro perguntas que você deve fazer para descobrir o significado da vida.

1° O que é espirito
2° Do que o espirito é feito
3° Por que nascemos
4° Por que morremos.

E todas as respostas se resumem numa só

"Amor"

-Vocês estão vendo estas fotos meninos?
-Os jovens que estão nesses quadros, planejam revolucionar o mundo e transformar suas vidas em algo magnífico. Isso foi há 70 anos. Agora estão todos mortos. Quantos tiveram uma vida realmente feliz? Quantos realizaram seus sonhos? Aí o professor inclina para o grupo e murmura para que todos o ouçam:
- Aproveitem o seu dia. Vivam o presente.
Confiança é saber que somos limitados, que não podemos adivinhar o que está por vir que jamais controlaremos todas as “possibilidades” e que nossa única saída é viver intensamente a realidade, seja boa ou ruim.

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.

Fernando Pessoa
Sobre Portugal - Introdução ao Problema Nacional. Lisboa: Ática. 1979. 98p.

O amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para sempre e vai crescendo dia a dia.

O historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo fato de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si, porque um escreveu o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido.

Uma mulher bonita e fiel é tão rara como a tradução perfeita de um poema. Geralmente, a tradução não é bonita se é fiel e não é fiel se é bonita.

Quando as aves falam com as pedras e as rãs com as águas - é de poesia que estão falando.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.