⁠Serventes do Tempo Estou sempre de... Samuel Eduardo Fortes

⁠Serventes do Tempo Estou sempre de branco Por toda a rua cinzenta Relógios, paredes Se quebram com o tempo Prisioneiro de mim mesmo Agregam-me os fatos Relógio... Frase de Samuel Eduardo Fortes.

⁠Serventes do Tempo


Estou sempre de branco
Por toda a rua cinzenta

Relógios, paredes
Se quebram com o tempo

Prisioneiro de mim mesmo
Agregam-me os fatos

Relógios paredes me travam no tempo
Eu faço e desfaço-me
Pois sou o meu dom

E se querem saber o que fazem
Dos erros

Autores do tempo
Inventam seus tons

Os dois hemisférios comprazem enredos
Intensos abraços e eterna intenção

Da pele do pêlo dos nervos do elo
O logos do louco da lógica ao chão

Da simples pureza que se perde ao tempo
Do mero cansaço
Talvez solidão

Por entre os silêncios se dê um jeito
E
Do eterno e interno selvagem

Salve o lado bom